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sábado, 20 de novembro de 2010

Fábio Pereira Furtado


***
Janeiro, 2009

Faleceu, aos 73 anos, no último dia 3 de janeiro, o meu amigo muito querido, Fábio Pereira Furtado. Fábio vinha há meses lutando contra um câncer de pulmão, mas, subitamente, o tumor que chegara a reverter-se quase que por inteiro com o tratamento, voltou a causar transtornos respiratórios. Sentindo-se mal na sexta feira, dia 2 à tarde, Fábio foi internado na Casa de Caridade Leopoldinense vindo a falecer no dia seguinte, às 12 horas. O sepultamento se deu às 18 horas do mesmo dia, no cemitério local.

Nascido a 8 de setembro de 1935, na Vargem Linda, Fábio era filho de Franklin Furtado Filho, falecido, e de Aurora Pereira Furtado, que o sobrevive. Casou-se aos 28 de maio de 1961 com a também leopoldinense, Magdalena de Almeida Furtado, e tiveram os filhos: Flávio e Patrícia, ambos casados. De Flávio são suas duas netas, Bianca e Rafaela.

Filho homem mais velho dentre os nove que tiveram Aurora e Franklin, Fábio teve que assumir muito cedo as responsabilidades do pai, prematuramente falecido. Tornou-se, com pouco mais que 15 anos, o grande apoio dos irmãos e da própria mãe. Por essa época iniciou sua vida de muito trabalho, aqui mesmo em Leopoldina, no Posto V8 do senhor Acácio Serpa.

Aos 20 anos, transferiu-se com a família para o Rio de Janeiro em busca de melhores oportunidades. No Rio, onde sempre residiu na Rua Cândido Mendes, no Bairro da Glória, trabalhou em transporte urbano, agregando ônibus a uma concessionária, trabalhou com mercearia, foi servidor do DNOS e passou, em 1992, ao quadro administrativo do Colégio Pedro II, onde se aposentou.

Vinha residindo em Leopoldina há 16 anos, para onde regressou após a aposentadoria. Com ajuda da esposa Madalena, administrava sua “Pousada do Pato Rouco”, nas proximidades da antiga Fazenda Fortaleza.

Fábio nasceu e se criou dentro de uma família numerosa, muito unida e alegre. Sua mãe, Da. Aurora, sempre foi, e ainda é, apesar da avançada idade, uma mulher comunicativa e bem humorada. Enérgica a seu modo na primorosa educação que passou à prole, gosta, entretanto, de rir e de brincar com os nove filhos que a tratam (quase que) “de igual para igual”. Tanto Fábio quanto seus vitoriosos irmãos – Elza, Nilza, Gil, Valter, Euds, Marlene (falecida), Franklin e Laura - sempre tiveram, em comum, essa marca da espontaneidade e da alegria brincalhona de Da. Aurora.

Uma evidência disto era o próprio apelido familiar do Fábio. Por volta de 1960, com uns 25 anos, Fábio apresentou um calo nas cordas vocais. Problema que logo se revelou benigno, sem conseqüência maior que não fosse uma discreta rouquidão. Foi o bastante para os irmãos o apelidarem, carinhosamente, de “Pato Rouco”. O suficiente também para que Fábio, prontamente e por troça, assumisse o apelido. Ao construir sua “pousada”, em Leopoldina, batizou-a de “Pousada do Pato Rouco”...

Assim era o meu velho companheiro, desde a adolescência em Leopoldina e mocidade no Rio de Janeiro, uma pessoa feliz, amiga e muito comunicativa na maneira de lidar com as pessoas e com sua querida esposa, Madalena. Poucos instantes antes de expirar ainda dispunha de bom humor para fazer rir a sobrinha Magna, que o visitava no quarto do hospital.

A família, principalmente esposa e filhos, pediram que o jornal LEOPOLDINENSE consignasse um agradecimento muito especial ao Dr. Sérgio Maranha, que assistiu Fábio no curso da doença e em seus instantes finais. São gratos à notável dedicação, competência e disponibilidade oferecidas pelo Dr. Maranha em cada episódio da moléstia irremediável que levou de nós, ainda no frescor da vitalidade, essa pessoa tão especial e companheira. Um ser humano transbordante de alegria.

“Alegria”, exatamente a palavra com que seu filho, Flávio, nos pediu que encerrássemos esta nota para publicação. Fábio Pereira Furtado, o nosso mensageiro da alegria.
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(Nota publicada no jornal LEOPOLDINENSE de 15 de janeiro de 2009)

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