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terça-feira, 20 de abril de 2010

A Festa da Colônia Constança

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(Publicada no LEOPOLDINENSE de 30 de abril de 2010)

Podemos considerar que foi um sucesso a festa comemorativa dos 130 anos da Imigração Italiana para Leopoldina e dos 100 anos da Colônia Constança. Voltar à Capelinha de Santo Antonio da Onça sempre me emociona. Ali minha mãe foi professora, ali estudei o primário, ali estudei catecismo com o Padre Raul e recebi minha primeira comunhão. Ali também, nas festas de Santo Antonio dos anos 50 eu, ainda molequinho, tomava chocolate quente servido pelo Geraldo Patrício e ganhava maçãs das mãos de Da. Olga Matola, nos jogos de mafuá.

Todo louvor a essa arrojada iniciativa do José Luiz Machado Rodrigues e da Nilza Cantoni, idéia das mais oportunas que temos visto em nossa Leopoldina. No lançamento do projeto, era difícil imaginar que daria certo. Eventos culturais só valorizam e dão vitalidade à auto-estima e à economia da cidade.

Esses dois abnegados membros da ALLA, Nilza e José Luiz, merecem nosso reconhecimento. Há algumas semanas atrás assistimos no Auditório do CEFET a uma exposição da obra do artista plástico Luiz Raphael, apresentada pelo também membro da ALLA, Elias Fajardo Fonseca. Constituiu-se o evento numa rara lição de noções semiológicas para compreensão de uma obra artística, coisa muito raramente oferecida ao nosso grande público.

Diríamos que só por aquela noite a ALLA já estaria justificada como entidade fomentadora de novas vertentes para o incentivo, entre nós, de hábitos culturais.

A inscrição que agora se pode incrementar, na Agenda Cultural da cidade, do componente histórico da chegada do imigrante europeu na Mata Mineira, com destaque para a afluência maciça do contingente peninsular em nossa terra a partir do final do Século XIX e início do Século XX, constitui-se em achado histórico de promissores desdobramentos. Conhecendo os idealizadores como conheço, posso assegurar que o segundo passo já pode estar a caminho.

Mais uma vez a ALLA, por seus dois estudiosos da história da Mata Mineira, Nilza Cantoni e José Luiz, está de parabéns. Como de parabéns estão todos os voluntários, pessoas dedicadas e trabalhadoras, que vi preparando, de ferramentas à mão, a limpeza de toda a área fronteiriça à Capelinha de Santo Antonio. Sobretudo gente do lugar, liderada pelo José Antonio Bonin, pelo Tiãozinho Rodrigues, pelo José Luiz e pelas senhoras da APIL, que participaram ativamente da decoração.

E, dentre estas últimas, desde sexta-feira de mãos à obra, envolvida na decoração da área fronteiriça à Igrejinha de Santo Antonio, a própria Senhora Nilma Junqueira Guedes, esposa do prefeito Bené Guedes lá estava. Agradecimentos devidos também ao Bené, que colocou seu secretariado à disposição dos idealizadores do evento. Foram estas pessoas que, de fato, fizeram a festa.

Entendo, como acima sugerido, deva o evento a ser integrado às programações culturais regulares de nossa cidade. De três em três anos, ou de cinco em cinco anos, como melhor entenderem os responsáveis.

Claro que, numa próxima oportunidade, haveremos de novamente contar com o apoio de todos os conjuntos e artistas que tão dignamente se apresentaram, somados, com toda certeza, a novos contingentes de entusiastas. Temos todas as condições de fazer da confraternização entre os diversos contribuintes étnicos de nossa formação humana, eventos de repercussão cada vez mais abrangente. Nesse desiderato jamais será dispensável a participação da imprensa local, com o amplo respaldo dado à comemoração, mercê do tirocínio e da dedicação profissional de Luiz Otávio e Maria José, com os filhos José Gabriel e Luciano, família que tem levado ao proscênio a missão de bem informar, através do vitorioso periódico LEOPOLDINENSE.

Concordo com a oradora que, no sábado, após a apresentação do “Assum Preto”, reclamou para Leopoldina uma Secretaria exclusivamente cultural. Há, sim, muita coisa interessante a ser realizada nesta área. As pessoas são estas mesmas. Vejo-as, todas, como pessoas certas nos lugares certos. Inclusive a liderança lúcida do Sr. Prefeito, nosso experiente, ponderado e culto Bené Guedes, um homem acessível que sabe ouvir e dar o apoio às boas e conseqüentes iniciativas.

Em momentos assim, sentimo-nos, todos, um pouquinho mais próximos do coração de nossa Leopoldina muito amada.
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2 comentários:

  1. Um belíssimo texto, que mostra a grandeza do evento e a valorização do trabalho dos organizadores pelo povo leopoldinense. Leopoldina está de parabéns!

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  2. Obrigado, Angeline.
    Sua presença e seus comentários valorizarão, sempre, este blog.

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