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by Walt Whitman
(1819-1892)
(1819-1892)
Full of life now, compact, visible,
I, forty years old the eighty-third year of the States,
To one a century hence or any number of centuries hence,
To you yet unborn these, seeking you.
When you read these I that was visible am become invisible,
Now it is you, compact, visible, realizing my poems, seeking me,
Fancying how happy you were if I could be with you and become your comrade;
Be it as if I were with you. (Be not too certain but I am now with you.)
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Cheio de Vida, Hoje
Cheio de vida, hoje, compacto e visível
Eu, com quarenta anos de idade, no ano oitenta e três dos Estados,
A ti, dentro de um século ou muitos séculos,
A ti, que não nasceste, procuro.
Estás lendo-me. Agora o invisível sou eu,
Agora és tu, compacto e visível, quem intui os versos e me procura,
Pensando como seria feliz seu eu pudesse ser teu companheiro;
Sê feliz como se eu estivesse contigo. (Não tenhas muita certeza de que eu estou contigo.)
Nota de JCR: Nestes versos, “Cheio de vida, agora”, Walt Whitman nos manda – a nós, pessoalmente – sua mensagem emocionada. Ele se reporta a este momento entre ele e nós, hoje e aqui, diante de seus versos. Você e eu não éramos nascidos, e ele nos procurava!... Hoje, nós o procuramos!...
Sua bênção, Walt Whitman! Somos felizes, sim, como se você, nosso companheiro, entre nós estivesse.
(De fato, não temos certeza de que você esteja entre nós)
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(Publicado no LEOPOLDINENSE de 29.11.2003)
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