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Foto: Professor José Botelho Reis, o diretor mais célebre do "Gymnásio Leopoldinense", e que hoje empresta nome ao educandário.
Quem terá dado a Leopoldina o distinto cognome de “Atenas da Zona da Mata”? Teria sido Dom Francisco de Aquino Corrêa, Arcebispo de Cuiabá, ex-ocupante da Cadeira 34 da Academia Brasileira de Letras, ex-governador do Estado do Mato Grosso, entre 1918 e 1922, quando aqui esteve, em 1927, em visita a Dom Aristides de Araújo Porto, então vigário desta Paróquia de São Sebastião, depois, Bispo de Montes Claros?
Muitos acreditaram que sim. Num luminoso soneto dedicado à nossa terra, escrito em 1927, Dom Aquino Corrêa o conclui com assim exaltar Leopoldina: “És a Atenas da Mata, ó Leopoldina”.
Bem mais recentemente, aqui neste jornal, ao ensejo das comemorações do 27 de Abril de 2006, admitimos a partir das informações disponíveis que Dom Aquino teria sido o autor do epíteto. Na ocasião, deixamos de transcrever o poema do grande sacerdote e intelectual matogrossense. Hoje o fazemos, consignando que o soneto, intitulado “Leopoldina”, de Dom Aquino, está à página 109 do livro “Poética Nova et Vetera”, vol. I, Tomo III.
Com referência expressa à composição de Aquino, Leopoldina voltou a ser homenageada em versos magistrais, datados de 1950, de autoria de José Ribeiro Leitão, ex-pároco da Igreja do Rosário, jurista e ex-juiz federal, recentemente falecido em Brasília. Vejam os dois sonetos:
Leopoldina
Dom Aquino Corrêa (1927)
Quando ti vi, a noite amortalhava
Lado a lado, teus altos horizontes,
Mas um clarão de luz serena e flava
Irrompia dos vales pelos montes.
Era a luz misteriosa, que irradiava
Dos teus colégios, onde as róseas frontes,
A tua mocidade imerge e lava,
Do saber e do bem nas sacras fontes.
Mais glórias para ti, a escola encerra,
Que os cafezais em flor, cobrindo a terra,
De véus de noiva, ao sol, sobre a colina.
E assim, coroando com os florões do estudo,
O teu nome que vale um nobre escudo,
És a Atenas da Mata, ó Leopoldina.
Leopoldina
José Ribeiro Leitão (1950)
Ao pé da serra serpeava um rio,
Donde o Puri, libérrimo e nú,
Ao ver chegar o branco, então fugiu,
p’ra nunca mais voltar ao Feijão-Crú.
Ficou o branco, que aceitou com brio
Vencer o tempo e a onça e o urutu
Tudo mais que lhe fosse desafio,
Até surgir o arraial do Feijão Cru.
Com gerações de gente intemerata,
Virou cidade linda e paladina
De valores e de nobreza grata,
Tão rica no saber que a ilumina,
Atenas, não da Grécia mas da Mata...
Nome que Aquino deu a Leopoldina.
Ou seja, em seu inspirado soneto de 1927 o Bispo Dom Aquino de fato “pareceu batizar” Leopoldina como “Atenas da Mata”. Na verdade, agora sabemos, o panegírico foi apenas endossado por Dom Aquino em seus versos. Ele já circulava na boca dos leopoldinenses naquele ano.
José Ribeiro Leitão, nos versos magistrais de 1950, faz alusão ao “nome que Aquino deu a Leopoldina” em clara alusão ao soneto de 1927. Pesquisas históricas mais recentes esclarecem, no entanto, é que Dom Aquino em seu soneto apenas reproduziu - ou, se quisermos, consagrou - o honroso cognome.
A historiadora leopoldinense, Nilza Cantoni, com quem a gente sempre tem alguma coisa a aprender sobre nossa terra, vem de garimpar nas bibliotecas da vida a preciosidade histórica intitulada, “Minas Gerais e seus Municípios”, de Roberto Capri, editado em 1916, por Pocai Weiss & Cia, São Paulo. Nesta obra, o autor nos dá notícia do seguinte, às fls. 242 (literalmente, e na ortografia da época):
“Leopoldina se pode considerar a Athenas da Zona da Matta. A instrucção publica, principal propulsor da civilisação d`um povo é aqui largamente administrada, como attestam os seus estabelecimentos de ensino e a grande frequencia dos seus alumnos”.
Ora, se em 1916 foi possível a Roberto Capri escrever isto, a conclusão é que, em 1927, Dom Aquino apenas reverberou em soneto um louvor que a cidade já conhecia.
O que temos hoje, portanto, historicamente comprovado, é que desde o ano de 1916, data da publicação da obra de Roberto Capri, o cognome “Atenas da Zona da Mata” já era pronunciado em relação a Leopoldina. Ou Roberto Capri o pronunciou pela primeira vez.
E não sem razão. Impressiona repassar a cronologia da obra educacional que os ilustres leopoldinenses, José Monteiro Ribeiro Junqueira e Custódio Ribeiro Junqueira, no amanhecer do Século XX, em 1906, edificaram em nossa terra: um completíssimo educandário com foros de verdadeira Universidade.
Fundado em 1906, o Gymnásio Leopoldinense teve a abertura das matrículas para o Curso Normal em 01.12.1906; no mês seguinte, 15.01.1907, abertura das matrículas para o Curso Ginasial; em 14.02.1909, abertura das matrículas para os Cursos de Farmácia, Odontologia, Obstetrícia, Agrimensura e Belas Artes; em 27.07.1909, inauguração do Jardim de Infância; em 17.03.1910, primeira diplomação de bacharelandos e normalistas; em 17.01.1912, fundação das Escolas de Farmácia e Odontologia; em 03.06.1914, instalação do Aprendizado Agrícola; em 21.03.1918, equiparação da Escola de Farmácia à Escola Oficial; em 13.05.1918, Construção do primeiro bloco do atual prédio (o lado esquerdo do prédio), projetado pelo Dr. Ormeo Junqueira Botelho; em 1926, construção do segundo bloco, dotando o prédio de seu formato definitivo.
Tudo isto, antes de 1927. Depois viria, em 19.01.1930, a Escola de Comércio Professor Botelho Reis é filiada à Escola Livre de Comércio de Minas Gerais; em 1932, equiparação do Gymnásio aos Colégios Oficiais; em 18.12.1932, início das inscrições para o Curso Comercial; em 1934, criação da “Liga Esportiva do Colégio Leopoldinense”; em 25.03.1942, instalação do Curso de Contador; em 15.03.1943, início dos Cursos Clássico e Científico; em 1946, transferência ao Bispado; e, finalmente, em 14.02.1955, assunção do Colégio pelo Estado de Minas.
E vejam o que diz Capri sobre o nosso Aprendizado Agrícola, no ano de 1916 (literalmente):
O Aprendizado Agrícola do Gymnasio Leopoldinense, fundado e mantido pelo "Gymnasio Leopoldinense, tem por fim formar trabalhadores aptos para os diversos serviços da lavoura, de accordo com as modernas praticas agronómicas. Funcciona sob a forma de internato e nelle estão recolhidos filhos de operários agrícolas e de pequenos lavradores, e de preferencia, os menores desprovidos de assistência natural, que recebem instrucção primaria e ensino primário agrícola, bem como educação physica, moral,cívica e intellectual. O ensino agrícola tem um cunho pratico, completando-se por noções theoricas elementares, ministradas durante os trabalhos a que ellas se referirem, como meio de esclarecer e guiar os alumnos para execução dos differentes serviços. O Aprendizado Agrícola do Gymnasio Leopoldinense é localisado em uma propriedade rural distante 2,5 kilometros da cidade de Leopoldina. A administração geral do Aprendizado pertence á do "Gymnasio Leopoldinense", que mantém á sua frente um profissional competente, auxiliado por professores e mestres de culturas e oficinas. Este curso é grátis, e todas as despezas dos alumnos são custeadas pelo Gymnasio.
E conclui:
O "Gymnasio Leopoldinense" funcciona em prédios próprios, os melhores da cidade de Leopoldina, reunindo todas as condições de hygiene e conforto, sendo servidos por irreprehensivel rede de agua e esgotto e illuminados fartamente, a luz eléctrica. O mobiliário e material escolar são de primeira ordem e de accordo com as exigências da pedagogia moderna. O professorado é de reconhecida competência, com grande tirocínio do magistério, dispondo, para o ensino das sciencias e linguas, de todo o material necessário, como sejam - mappas, quadros, amostras, modelos, gabinete de physica, laboratório de chimica, museu de historia natural, laboratório de pharmacologia. bromatologia, microbiologia, chimica analytica, gabinete odontologico, oficina de prothese, pavilhão de anatomia, toxicologia, etc.
A alimentação é sadia e abundante e tomada conjunctamente com todo o pessoal administrativo.
O Gymnasio mantém um medico para inspecções medicas dos alumnos internos.
O "Gymnasio Leopoldinense: foi equiparado ao Gymnasio Nacional pelo dec. federal n. 7.193, de 29 de novembro de 1900, e ás Escolas Normaes do Estado de Minas Geraes, pelo decreto estadoal 1.9-12, de 6 de setembro de 1906. O Conselho Superior do Ensino concedeu fiscalização á Escola de Pharmacia e Odontologia, fundada em 17 de janeiro de 1912, em sua sessão de 31 de julho de 1916.
Estamos entendidos. Em 1916 Leopoldina já era “Atenas da Zona da Mata”. Não importa quem terá dito isto pela primeira vez. Vamos segurar as pontas para, cem anos depois, não estarmos aqui a desmentir a honrosa alusão.
₪₪₪₪₪₪₪₪₪₪₪
(Esta crônica se baseia em dados pesquisados pela historiadora Nilza Cantoni - Publicada no jornal LEOPOLDINENSE de 30 de novembro de 2009)
Muitos acreditaram que sim. Num luminoso soneto dedicado à nossa terra, escrito em 1927, Dom Aquino Corrêa o conclui com assim exaltar Leopoldina: “És a Atenas da Mata, ó Leopoldina”.
Bem mais recentemente, aqui neste jornal, ao ensejo das comemorações do 27 de Abril de 2006, admitimos a partir das informações disponíveis que Dom Aquino teria sido o autor do epíteto. Na ocasião, deixamos de transcrever o poema do grande sacerdote e intelectual matogrossense. Hoje o fazemos, consignando que o soneto, intitulado “Leopoldina”, de Dom Aquino, está à página 109 do livro “Poética Nova et Vetera”, vol. I, Tomo III.
Com referência expressa à composição de Aquino, Leopoldina voltou a ser homenageada em versos magistrais, datados de 1950, de autoria de José Ribeiro Leitão, ex-pároco da Igreja do Rosário, jurista e ex-juiz federal, recentemente falecido em Brasília. Vejam os dois sonetos:
Leopoldina
Dom Aquino Corrêa (1927)
Quando ti vi, a noite amortalhava
Lado a lado, teus altos horizontes,
Mas um clarão de luz serena e flava
Irrompia dos vales pelos montes.
Era a luz misteriosa, que irradiava
Dos teus colégios, onde as róseas frontes,
A tua mocidade imerge e lava,
Do saber e do bem nas sacras fontes.
Mais glórias para ti, a escola encerra,
Que os cafezais em flor, cobrindo a terra,
De véus de noiva, ao sol, sobre a colina.
E assim, coroando com os florões do estudo,
O teu nome que vale um nobre escudo,
És a Atenas da Mata, ó Leopoldina.
Leopoldina
José Ribeiro Leitão (1950)
Ao pé da serra serpeava um rio,
Donde o Puri, libérrimo e nú,
Ao ver chegar o branco, então fugiu,
p’ra nunca mais voltar ao Feijão-Crú.
Ficou o branco, que aceitou com brio
Vencer o tempo e a onça e o urutu
Tudo mais que lhe fosse desafio,
Até surgir o arraial do Feijão Cru.
Com gerações de gente intemerata,
Virou cidade linda e paladina
De valores e de nobreza grata,
Tão rica no saber que a ilumina,
Atenas, não da Grécia mas da Mata...
Nome que Aquino deu a Leopoldina.
Ou seja, em seu inspirado soneto de 1927 o Bispo Dom Aquino de fato “pareceu batizar” Leopoldina como “Atenas da Mata”. Na verdade, agora sabemos, o panegírico foi apenas endossado por Dom Aquino em seus versos. Ele já circulava na boca dos leopoldinenses naquele ano.
José Ribeiro Leitão, nos versos magistrais de 1950, faz alusão ao “nome que Aquino deu a Leopoldina” em clara alusão ao soneto de 1927. Pesquisas históricas mais recentes esclarecem, no entanto, é que Dom Aquino em seu soneto apenas reproduziu - ou, se quisermos, consagrou - o honroso cognome.
A historiadora leopoldinense, Nilza Cantoni, com quem a gente sempre tem alguma coisa a aprender sobre nossa terra, vem de garimpar nas bibliotecas da vida a preciosidade histórica intitulada, “Minas Gerais e seus Municípios”, de Roberto Capri, editado em 1916, por Pocai Weiss & Cia, São Paulo. Nesta obra, o autor nos dá notícia do seguinte, às fls. 242 (literalmente, e na ortografia da época):
“Leopoldina se pode considerar a Athenas da Zona da Matta. A instrucção publica, principal propulsor da civilisação d`um povo é aqui largamente administrada, como attestam os seus estabelecimentos de ensino e a grande frequencia dos seus alumnos”.
Ora, se em 1916 foi possível a Roberto Capri escrever isto, a conclusão é que, em 1927, Dom Aquino apenas reverberou em soneto um louvor que a cidade já conhecia.
O que temos hoje, portanto, historicamente comprovado, é que desde o ano de 1916, data da publicação da obra de Roberto Capri, o cognome “Atenas da Zona da Mata” já era pronunciado em relação a Leopoldina. Ou Roberto Capri o pronunciou pela primeira vez.
E não sem razão. Impressiona repassar a cronologia da obra educacional que os ilustres leopoldinenses, José Monteiro Ribeiro Junqueira e Custódio Ribeiro Junqueira, no amanhecer do Século XX, em 1906, edificaram em nossa terra: um completíssimo educandário com foros de verdadeira Universidade.
Fundado em 1906, o Gymnásio Leopoldinense teve a abertura das matrículas para o Curso Normal em 01.12.1906; no mês seguinte, 15.01.1907, abertura das matrículas para o Curso Ginasial; em 14.02.1909, abertura das matrículas para os Cursos de Farmácia, Odontologia, Obstetrícia, Agrimensura e Belas Artes; em 27.07.1909, inauguração do Jardim de Infância; em 17.03.1910, primeira diplomação de bacharelandos e normalistas; em 17.01.1912, fundação das Escolas de Farmácia e Odontologia; em 03.06.1914, instalação do Aprendizado Agrícola; em 21.03.1918, equiparação da Escola de Farmácia à Escola Oficial; em 13.05.1918, Construção do primeiro bloco do atual prédio (o lado esquerdo do prédio), projetado pelo Dr. Ormeo Junqueira Botelho; em 1926, construção do segundo bloco, dotando o prédio de seu formato definitivo.
Tudo isto, antes de 1927. Depois viria, em 19.01.1930, a Escola de Comércio Professor Botelho Reis é filiada à Escola Livre de Comércio de Minas Gerais; em 1932, equiparação do Gymnásio aos Colégios Oficiais; em 18.12.1932, início das inscrições para o Curso Comercial; em 1934, criação da “Liga Esportiva do Colégio Leopoldinense”; em 25.03.1942, instalação do Curso de Contador; em 15.03.1943, início dos Cursos Clássico e Científico; em 1946, transferência ao Bispado; e, finalmente, em 14.02.1955, assunção do Colégio pelo Estado de Minas.
E vejam o que diz Capri sobre o nosso Aprendizado Agrícola, no ano de 1916 (literalmente):
O Aprendizado Agrícola do Gymnasio Leopoldinense, fundado e mantido pelo "Gymnasio Leopoldinense, tem por fim formar trabalhadores aptos para os diversos serviços da lavoura, de accordo com as modernas praticas agronómicas. Funcciona sob a forma de internato e nelle estão recolhidos filhos de operários agrícolas e de pequenos lavradores, e de preferencia, os menores desprovidos de assistência natural, que recebem instrucção primaria e ensino primário agrícola, bem como educação physica, moral,cívica e intellectual. O ensino agrícola tem um cunho pratico, completando-se por noções theoricas elementares, ministradas durante os trabalhos a que ellas se referirem, como meio de esclarecer e guiar os alumnos para execução dos differentes serviços. O Aprendizado Agrícola do Gymnasio Leopoldinense é localisado em uma propriedade rural distante 2,5 kilometros da cidade de Leopoldina. A administração geral do Aprendizado pertence á do "Gymnasio Leopoldinense", que mantém á sua frente um profissional competente, auxiliado por professores e mestres de culturas e oficinas. Este curso é grátis, e todas as despezas dos alumnos são custeadas pelo Gymnasio.
E conclui:
O "Gymnasio Leopoldinense" funcciona em prédios próprios, os melhores da cidade de Leopoldina, reunindo todas as condições de hygiene e conforto, sendo servidos por irreprehensivel rede de agua e esgotto e illuminados fartamente, a luz eléctrica. O mobiliário e material escolar são de primeira ordem e de accordo com as exigências da pedagogia moderna. O professorado é de reconhecida competência, com grande tirocínio do magistério, dispondo, para o ensino das sciencias e linguas, de todo o material necessário, como sejam - mappas, quadros, amostras, modelos, gabinete de physica, laboratório de chimica, museu de historia natural, laboratório de pharmacologia. bromatologia, microbiologia, chimica analytica, gabinete odontologico, oficina de prothese, pavilhão de anatomia, toxicologia, etc.
A alimentação é sadia e abundante e tomada conjunctamente com todo o pessoal administrativo.
O Gymnasio mantém um medico para inspecções medicas dos alumnos internos.
O "Gymnasio Leopoldinense: foi equiparado ao Gymnasio Nacional pelo dec. federal n. 7.193, de 29 de novembro de 1900, e ás Escolas Normaes do Estado de Minas Geraes, pelo decreto estadoal 1.9-12, de 6 de setembro de 1906. O Conselho Superior do Ensino concedeu fiscalização á Escola de Pharmacia e Odontologia, fundada em 17 de janeiro de 1912, em sua sessão de 31 de julho de 1916.
Estamos entendidos. Em 1916 Leopoldina já era “Atenas da Zona da Mata”. Não importa quem terá dito isto pela primeira vez. Vamos segurar as pontas para, cem anos depois, não estarmos aqui a desmentir a honrosa alusão.
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(Esta crônica se baseia em dados pesquisados pela historiadora Nilza Cantoni - Publicada no jornal LEOPOLDINENSE de 30 de novembro de 2009)
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