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Albores sobre a serra
limiar de um novo dia
Carícias de voal nas faces
Corpúsculos, centelhas de luz e vida.
Pronto se anunciará em domingo
a transparência diáfana
dos olhos da manhã.
Azul sem medida
planície
o pastoreio frenético
dos carneirinhos alados.
Metade do dia
depois a tarde
o regresso castrense das aves gregárias.
Anelos de aconchego
nos corações arrebatados.
Ruboriza-se o poente, sanguínea baeta
matizes cambiantes
êxito do ocaso
a sombra.
A primeira estrela alfa se adianta
e convida
os insetinhos canoros.
É noite.
Ouve-se,
para além da porteira
um juramento de curiango:
- Amanhã eu vou!
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