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sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Muda Prefeito e Bermuda

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Novembro, 2009

Sumido de Leopoldina desde o início de setembro, este escrevinhador andou abstinente dos papos locais, mas nem por isto desligado do mundinho que o rodeia, graças a uma geringonça atentada chamada laptop. Ou portátil, como preferem os portugueses, deixando a gente sem saber direito do que se trata - eis que o mundo anda cheio d´outros artfatos igualmente purtáteis.

Por mim, estrangeirismos podem entrar à vontade. Não são os americanos que inventam esses troços? Eles têm direito de batizar as crias: laptop, notebook, hardware... Ninguém traduz nome de criança nascida lá fora.

Aliás, portáteis fabulosos que fazem, por exemplo, deste jornal LEOPOLDINENSE um órgão internacional. Você o lê, ainda quentinho das rotativas, em qualquer lugar do mundo! É só acessá-lo pela grande rede.

E o povo de Leopoldina viaja, hem. Dólar abaixo de duas pilas, você topa conterrâneo até em Bangladesh. E todo mundo podendo ler num monitor as edições desta vibrante folha informativa.

Destaque para o excelente número 118, que trouxe um verdadeiro ensaio sobre política leopoldinense, assinado pelo brilhante advogado e articulista, Dr. Nelson Vieira Filho. O Luiz Otávio precisa cobrar mais trabalhos do Dr. Nelsinho. Ele é ótimo. Só falha quando elogia quem não lhe chega aos pés.

A edição 118 do LEOPOLDINENSE ficará na história. A charge do Luciano toca na ferida da triste realidade da compra de votos em nossa terra. Prática criminosa que vem se tornando habitual e tanto desvirtua a escolha democrática. Voto comprado não produz eleitos pelo povo: produz eleitos de si mesmos!

Na página dois do jornal, como sempre, os preciosos estudos históricos do Zé Luiz e da Nilza Cantoni, a vigilância competente do Alair e o humor refinado do Hildebrando.

Mais à frente, uma oportuna reflexão do José Barroso Junqueira sobre a regularidade das eleições em Leopoldina, a forma correta e civilizada como tudo transcorreu e, também, o artigo inspirado do José Gabriel, lembrando a Gestão Participativa, tema do qual os eleitos devem tomar boa nota. Gestão participativa, agora, é lei.

Na coluna social da Maria José, um justo lamento pelo fim do programa radiofônico, Fio da Navalha, do radialista José Américo Barcelos. Muito bem, Maria José. Zé Américo é uma lenda viva. Quem tira o microfone do Zé Américo sem ter nada melhor para oferecer ao público, não passa de um boboca.

Esta é a moderna mídia em tempo real que nos permitiu, ainda, nestes tempos eleitorais, participar com parentes e amigos, cada um no seu canto, da expectativa de Aécio eleger, ou não, para a prefeitura de Belo Horizonte, seu poste fabricado, ou melhor, nascido (como dizem) em Leopoldina. Elegeu. Aécio foi o elevador de Lacerda.

De São Paulo, onde amigos e parentes quase não dão o ar da graça - a cidade grande demais parece que afoga as pessoas no medo e no pó de asfalto - nos acodem os blogs e os jornais online da grande imprensa. José Serra que inventou o DEM Kassab na disputa de espaço tucano com o Alckmin, conseguiu eleger este moço que a Marta Suplicy acusou de ser solteiro e sem filhos. Já pensaram no absurdo que é uma pessoa ser solteira e não ter filhos?...

Por esta e por outras, a lady in red do PT desceu pelo ralo e, com a vitória de Kassab, Serra se firmou como o cardeal tucano mais apto a disputar a cadeira do Lula em 2010. Sua chance contra o indicado, ou a indicada, do “nosso guia” vai depender, entretanto, do estrago que as hipotecas micadas dos states fizerem por aqui. Se não passarem de marolinhas, Lula continuará forte.

No Rio de Janeiro, uma outra grande cidade brasileira que nos afeta, Gabeira perdeu a Prefeitura num ato falho. Acontece, na nossa idade. Quando a gente dá de si, a besteira já saiu boca a fora. Gabeira chamou uma deputada duplamente mal nascida - de bairro e de pai - de suburbana... Ora, todos nós, vez ou outra, brincamos com o subúrbio. Mas que é preconceituoso, é. Deu um branco no Gabeira. Noventa por cento do Rio é subúrbio. Perdeu a eleição.

Ganhou Eduardo Paes que ofendeu Lulinha na CPI dos Correios e, agora, pediu desculpas e apoio ao Lula. Não ficou tão ruim. Paes tem aval do Cabral, o melhor ocupante do Palácio Guanabara desde Negrão de Lima.

Outra cidade importantíssima, do Brasil, é Leopoldina, MG. Só que, por aqui, a preocupação era nenhuma. Tínhamos três candidatos excelentes. Qualquer um que ganhasse - Bené, Marcinho ou Zé Newton – o Feijão Cru estaria bem servido. O arraial, não o riacho, hem gente! (Posso brincar: os três são meus irmãos)

Ganhou Bené, um homem público experiente, lúcido, honrado, amigo, prestativo, uma pessoa de bem com a qual se pode conversar e que, certamente, terá atuação construtiva à frente da prefeitura. Merece e tem o nosso apoio, nossa simpatia e tudo mais que precisar.

Nem sei por que estou falando de política. Ando com um problema pessoal tão sério!
Imaginem que minha bermuda bege, de estimação, foi ficando fina, transparente, puída e venceu-se, não resistindo à última lavada. Rasgou. A vontade é ir pro lixo com ela. Não vai existir outra igual. Mesmo porque o comércio não trabalha com bermudas usadas. Bermudas novas, engomadas, encorpadas, pouco permeáveis, eu tenho, mas não vou usar num calorão desses. Como dizia lá na roça meu velho Tio Candim, essa bermuda “já me acompanhava” há uns quinze anos... Velha amiga e companheira, vou cantá-la a vida inteira!
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(Publicado no jornal LEOPOLDINENSE de 1º de novembro de 2008)

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