Janeiro, 2012
Natal,
Ano Novo, foguetes espocando pelos bairros. Deitado em minha cama, ontem à
noite, atinei-me para a grande dívida que venho acumulando com a sociedade
humana, que tão generosamente me acolhe. Gosto de ouvir foguetes e nunca soltei
um único foguete!
Devo
ser o maior egoísta desta festa que é a vida. Os foguetes levantam meu astral
há várias décadas, é um deleite ouvi-los pipocar, mas jamais gastei um único
centavo em show pirotécnico! Grande sempre foi meu encantamento com queima de
fogos, luzes e emoções de fim de ano sobre o mar do Rio de Janeiro e do
Espírito Santo, sem nunca haver concorrido com um mísero busca-pé. Só hoje,
constrangido, me constato esse beneficiário silencioso e contumaz da toarda
alheia!
Infelizmente
é 31 de dezembro e já não há tempo; o comércio está fechado. Ano que vem
pretendo redimir-me. Procurarei saber, de antemão, onde vendem foguetes. Se não
me engano até sei de um lugar onde fogos de artifício são vendidos. É no
quilômetro zero da Estrada Washington Luiz, saída do Rio de Janeiro para
Petrópolis. Lembro-me de uma loja de fogos de artifício naquelas imediações;
não sei se ainda está lá, porque a presença, ali próximo, do prédio futurista
do jornal O Globo está levando Duque de Caxias para o primeiro mundo,
sofisticando a Baixada. Pode ser que a torcida do Flamengo esteja comprando
rojão em outro lugar.
Mas
seja onde for, comprarei logo algumas dezenas de foguetes. Se o tempo ajudar,
na virada do próximo ano, torno ainda mais “público” o resgate de minha dívida
social subindo o Morro do Cruzeiro,
que é o promontório da cidade interiorana em que nasci, e liquido meus débitos lá
de cima.
Se
ficar bonito, pode até acontecer de criarmos uma “tradição” tão difundida
quanto a Virada do Ano em Copacabana. Pensam que estou brincando? São Paulo já não
fica atrás com sua réplica do foguetório carioca na Av. Paulista.
Aceito
parceiros que desejem ribombar comigo, foguetes a um novo ano. “E de pensar realizamos”...
Ótimo
2012 a todos!
₪₪₪₪₪₪₪₪₪₪
(Publicado em 05.01.2012 no jornal LEOPOLDINENSE online/)
Boa tarde, Dr. José do Carmo. Em primeiro lugar, parabéns pelo blog.
ResponderExcluirAcabo de me graduar em Direito pela UFMG e minha monografia foi sobre a vida e a obra de Lydio Machado Bandeira de Mello, com o título de "Os sujeitos da acção penal em Lydio Machado Bandeira de Mello".
Cito o senhor e seu blog em notas de rodapé, principalmente nos capítulos introdutórios em que ofereço a "forma mentis" de Lydio.
Minha monografia encontra-se em formato de artigo de revista, 39 páginas. Como o senhor é um admirador do professor, gostaria de enviar o meu trabalho para que olhasse e fornecesse sua opinião.
Li 56 livros do professor disponíveis na Faculdade de Direito da UFMG e no meu trabalho extraí os ensinamentos de ordem moral, psicológica e cognitiva de Lydio aos membros da advocacia, Ministério público e Magistratura.
Caso o senhor tenha interesse, meu e-mail é thiagofmc@yahoo.com.br
Satisfação em poder comunicar com o senhor de alguma forma.
Atenciosamente,
Thiago Fernando Crivellari