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Prezado conterrâneo e amigo, Lúcio Sampaio
A nota Candidatura, em sua deliciosa COLUNA SOCIAL da Gazeta de junho/95, na qual o amigo considera nossa possível candidatura à vereança nas próximas eleições, só persiste como fruto da enorme bondade e simpatia do Colunista. Certamente um destaque sobre o que, por hora, não se cogita.
Agradeço, todavia, a delicadeza.
Na verdade, amigo Lúcio, não passo de um advogado de empresas, um técnico, portanto, de origem modesta, mas sem lastro popular/eleitoral. Meu interesse pela política é apenas cultural, coisa de homem racional inserido no seu tempo.
Quanto ao mandato, propriamente dito, temos muita gente boa e amiga para concorrer, com chances efetivas. Para mim, cai melhor aquela primeira fila do teatro, a do gargarejo, donde eu possa aplaudir de pé valores como Nilo Ramos, Ely Rodrigues Neto, o ex-prefeito Márcio Freire, o atual prefeito José Roberto de Oliveira, todos juntos, muito breve, num mesmo palanque, construindo uma Leopoldina maior e mais bela.
Parodiando Martin Luter King, eu também tive um (este) sonho.
Acho que quem viver, verá.
Grande abraço,
José do Carmo
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Velho amigo e vereador, Nilo Ramos
É imprescindível dizer-lhe que muito me lisonjeou a amável nota, Volta às origens, publicada em sua atraente coluna informativa da edição de junho/95, da nossa Gazeta.
Tem significado muito especial para mim receber boas-vindas, na volta à minha terra, exatamente daquele amigo que, em novembro de 1957, tão jovem quanto eu, deslocou-se da Glória à Rodoviária Interestadual do Rio de Janeiro, na Praça Mauá, para receber um companheiro de 18 anos que chegava pela Tavil, de Leopoldina, com o equivalente a meio salário-mínimo costurado no bolso da calça, para arriscar a sorte na cidade grande.
- Deus foi muito bom para nós, não foi, meu caro Nilo?
Na Presidência da República, Juscelino Kubitscheck, mesmo envolvido na criação de Brasília, dispunha de tempo, engenho e arte para garantir oportunidades à nossa juventude. Fui para o Banco Nacional de Minas Gerais, você, o Nilo de Almeida Ramos, para o Banco Mineiro da Produção. Nilo estudou Direito na Faculdade do Catete; eu, na Praça XV de Novembro. Havia emprego, escola superior ao alcance dos jovens trabalhadores e até refeições a preço simbólico no indefectível Restaurante do Calabouço, da U.N.E. Uniâo Nacional dos Estudantes. (O atual Ministro José Serra, naquela época, passou por lá; o Senador Artur da Távola, também).
Éramos rapazes pobres - como disse o Belquior - sem dinheiro no bolso, sem parentes importantes, mas vínhamos do interior com muitas canções do rádio na cabeça, a nos lembrar que tudo era divino, tudo era maravilhoso...
A gente estudava, trabalhava, fazia vestibular, fazia concursos e, só de vez em quando, se permitia alguma liberalidadezinha...
Neo-liberalismos, não. Não conhecemos isto, nem nada disto advindo, como desemprego, subemprego, camelotagem, sacolagem, recessão, demissões coletivas de pessoal concursado ... Nada disto. Fomos uma juventude feliz.
Quem primeiro mencionou Anos Dourados, deve ter se dourado no sol do Posto-2, em Copacabana, que também caiu de moda há muito tempo.
Muito obrigado, querido amigo Nilo Ramos, pela carinhosa acolhida.
É um privilégio estar em Leopoldina.
Abraço,
José do Carmo
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( Gazeta de Leopoldina, julho de 1995)
domingo, 15 de maio de 2011
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