Foto: Américo Lobo Pereira - Internet
Leopoldina desde os primeiros tempos primou por contar com notáveis advogados. Assim é que repassando nossa rica história forense vamos encontrar, já na metade do século XIX, a vocação e o sucesso do Dr. Américo Lobo, um talentoso advogado que honrou o foro de Leopoldina.
Profissional do direito e destacado político brasileiro, o Dr. Américo Lobo era filho de Joaquim Lobo Leite Pereira. Nascido em 1841, formou-se em ciências jurídicas e sociais pela Faculdade de Direito de São Paulo onde, em 03.12.1862, recebeu o grau de bacharel.
Em abril de 1863 foi nomeado Juiz Municipal e de Órfãos do termo de Pouso Alegre, no sul de Minas, e ali permaneceu até 30.09.1865. Nesse mesmo ano foi removido para Rio Pardo, também em Minas. Dois anos depois solicitou demissão do cargo e ingressou na política, pelo partido liberal, sendo eleito deputado da 13ª legislatura (1867-1870).
Dissolvida a Câmara em 1868, desligou-se do seu partido político e passou a dedicar-se à propaganda republicana no município de Leopoldina, transformando-se num republicano histórico.
Proclamada a república, no período provisório, foi nomeado governador do Estado do Paraná, em fevereiro de 1890, cargo do qual pediu demissão no mesmo ano. Voltou ao Estado de Minas Gerais e foi eleito, em setembro daquele ano, senador por três anos.
A ele, nossa região ficou a dever a criação da Alfândega de Juiz de Fora, um importante instrumento de desenvolvimento da Zona da Mata. Foi um dos representantes de Minas que mais trabalhou no Congresso.
Em decreto de 15.10.1894 foi nomeado Ministro do Supremo Tribunal Federal, onde tomou posse em 8 de dezembro do mesmo ano.
Primoroso cultor das letras, o Dr. Américo Lobo deixou valiosa contribuição à literatura brasileira.
Foi casado com D. Manuela Urbana de Queirós Lobo e faleceu na cidade do Rio de Janeiro em 01.10.1903, sendo sepultado no cemitério de São João Batista.
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NOTA: Os elementos históricos desta biografia constam de pesquisa de José Luiz M. Rodrigues e Nilza Cantoni e dos “Dados Biográficos do STF e STJ” de Laurênio Lago, Ed. Biblioteca do Exército, ano 1978.
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terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
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estou pesquisando "familia monteiro lobo". Gostaria de saber se DR AMERICO era parente e que grau de Fernando Lobo Leite Pereira e esposa Maria José de Seabra
ResponderExcluirNilza,
ResponderExcluirSegundo a historiadora, Nilza Cantoni, o Dr. Américo era NETO PATERNO de Fernando Lobo.
Abraço,
José do Carmo
Parabéns pelo blog. Sou sobrinho-trisneto de Américo, por seu irmão Joaquim Lobo Leite Pereira.
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